No período mais repressivo da ditadura militar, a previsão do tempo era cinzenta, diz Marcos Valle a Joaquim Ferreira dos Santos sobre seu LP de 1973. Para o compositor, o disco concilia mensagens políticas com o suingue que sempre marcou seu trabalho. Abre com uma sátira que muita gente pensou ser uma exaltação ao governo do presidente Médici. Na verdade, há letras que, sutis ou quase explícitas, provocam o regime. A própria capa remete a um dos métodos de tortura, o afogamento. Já “Samba fatal” é sobre Torquato Neto, que se suicidara no ano anterior. Da maioria das faixas participa o trio Azymuth. Marcos comenta todas as músicas neste programa. É um programa da Rádio Batuta, a rádio de internet do Instituto Moreira Salles. Ouça essa série e mais outros programas no site da Radio Batuta: https://radiobatuta.ims.com.br