“Ai que saudades da Amélia”, o samba de Ataulfo Alves e Mário Lago, está fazendo 80 anos em 2022. Bonito como sempre, mais polêmico do que nunca. Os críticos reconhecem a sua permanência na playlist das grandes canções nacionais, mas as feministas discutem a personagem cultuada na letra, a Amélia mulher de verdade, que achava bonito não ter o que comer. Consideram seu comportamento submisso aos valores do macho antigo e contrários ao empoderamento moderno do gênero. Neste programa, Joaquim Ferreira dos Santos apresenta o histórico da canção desde a sua gravação original e mostra também as músicas que foram feitas para contestá-la, como “Desconstruindo Amélia”, de Pitty. A cantora e compositora trans Assucena e a cantora e compositora Joyce Moreno debatem a figura da “Amélia”, se solidária, submissa ou o quê mais. Repertório Ai que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago) – Ataulfo Alves e sua Academia do Samba Desconstruindo Amélia (Pitty) – Pitty Feminina (Joyce Moreno) – Joyce Moreno Partido alto (Assucena) – Assucena Não precisa ser Amélia (Bia Ferreira) – Bia Ferreira Adeus, Amélia (Joyce Moreno) – Joyce Moreno Mania de peitão (Seu Jorge e Bento Amorim) – Seu Jorge Ai que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago) – Fundo de Quintal e Gabriel O Pensador Roteiro e apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos Edição: Filipe Di Castro É um programa da Rádio Batuta, a rádio de internet do Instituto Moreira Salles. Ouça essa série e mais outros programas no site da Radio Batuta: https://radiobatuta.ims.com.br.